A Sebol, uma subsidiária do Grupo ETSA, revelou planos para uma unidade industrial de ponta em Coruche, Portugal, marcando um salto significativo em sustentabilidade e inovação no setor de aquicultura. Impulsionada pelo plano de recuperação e resiliência (PRR) e alinhada com o pacto da bioeconomia azul, a instalação é um componente fundamental do projeto Pep4Fish, com foco na produção em larga escala de hidrolisados de proteína projetados para a alimentação de peixes.
Uma instalação para inovação
A Sebol declarou que a construção de sua nova instalação industrial está bem encaminhada em Coruche, com, como afirma o Grupo ETSA, um avanço crucial em sustentabilidade e inovação para a aquicultura. Impulsionado pelo PRR nacional e integrado ao pacto de bioeconomia azul, o Grupo acredita que esse projeto é parte integrante da iniciativa Pep4Fish, com foco principal na produção em larga escala de produtos inovadores - hidrolisados de proteína especificamente adaptados para a alimentação de peixes.
André Almeida, chefe do departamento de pesquisa do Grupo ETSA, expressa otimismo quanto ao valor gerado por essa nova unidade de produção, afirmando em um comunicado à imprensa: "A Sebol está muito otimista com a importância dessa nova unidade de produção, que representa a primeira proteína hidrolisada produzida nacionalmente com foco em ração para peixes em nível industrial. Isso marca um passo significativo que contribuirá para a produção eficiente e sustentável de peixes."
O que são hidrolisados de proteína?
Os hidrolisados proteicos são superalimentos desenvolvidos a partir de subprodutos animais, otimizando a absorção de nutrientes pelos peixes. Alinhado aos princípios da economia circular, esse processo envolve a utilização de subprodutos de peixes, aves, suínos e até mesmo insetos, orientados pelas várias fases da pesquisa do projeto Pep4Fish. Por fim, esses hidrolisados de alto valor agregado serão incorporados a rações para robalo e dourado, reforçando a saúde dos peixes, contribuindo para a nutrição humana, reduzindo o desperdício de alimentos e promovendo a sustentabilidade na aquicultura.
Escala e impacto
A nova unidade industrial, com aproximadamente 9.000 metros quadrados, está programada para ser concluída no segundo semestre de 2024. Espera-se que crie 15 novos empregos, servindo como catalisador de sustentabilidade e inovação, contribuindo significativamente para o setor agroalimentar em Portugal, de acordo com André Almeida.
Liderado pelo Grupo ETSA, o projeto Pep4Fish conta com a colaboração de nove parceiros, abrangendo centros de pesquisa e empresas: AgroGrIN Tech, B2E - Blue Bioeconomy CoLAB (B2E CoLAB), CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, ITS - Indústria de Transformação de Subprodutos (ETSA), Seaculture (Jerônimo Martins), Savinor e Sorgal (Soja Portugal), Sebol (ETSA) e a Universidade Católica Portuguesa.