Tradicionalmente, o estado-membro na presidência do conselho da UE - uma função que é alternada entre os países-membros a cada seis meses - concentra-se na execução das tarefas diárias necessárias para o funcionamento da UE. No entanto, a Hungria, que assumiu recentemente essa função, começou seu mandato de seis meses anunciando um foco no desenvolvimento da aquicultura na Europa.
"Em teoria, seus poderes estão voltados principalmente para o funcionamento cotidiano da UE. Mas apenas duas semanas depois, já está claro que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, está querendo agitar as coisas", disse um porta-voz da Chatham House, conforme relatado pela Undercurrent News.
Durante seu mandato de seis meses na presidência, a Hungria pretende se concentrar no desenvolvimento da aquicultura europeia para reforçar a produção de alimentos, preenchendo a lacuna deixada pelo declínio das capturas selvagens e, ao mesmo tempo, reduzindo as disputas sobre a soberania da pesca.
"Além disso, será uma tarefa importante para a presidência promover a pesca sustentável na UE do ponto de vista ambiental, econômico e social, definindo as capturas anuais permitidas para os estoques de peixes de maneira previsível e com base científica", declarou o estado.
Ainda não se sabe se a Hungria terá sucesso ou não em usar seu curto prazo para impulsionar o desenvolvimento da aquicultura; no entanto, Orban já causou transtorno entre outros líderes da UE ao visitar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping, enquanto exibia bandeiras da UE.