Em um avanço significativo em direção à melhoria do bem-estar dos animais aquáticos, todas as seis certificadoras reavaliadas na segunda edição do Aquaculture Certification Schemes Benchmark, publicado ontem pelo Aquatic Life Institute (ALI) - uma organização sem fins lucrativos especializada em bem-estar de animais aquáticos - demonstraram melhores pontuações em comparação com suas avaliações anteriores.
As pontuações de avaliação representam uma ferramenta importante que facilita às empresas e aos consumidores a tomada de decisões conscientes e informadas sobre os produtos que estão adquirindo. Aparecendo nas classificações de avaliação pela primeira vez, o Aquaculture Stewardship Council (ASC) recebeu a pontuação mais alta, em comparação com outros sistemas de certificação, como Global Animal Partnership, RSPCA Assured e Best Aquaculture Practices.
"Garantir requisitos avançados de bem-estar dos peixes em nossa primeira versão do Padrão ASC para Fazendas tem sido uma das principais prioridades do ASC. Esses requisitos incentivam os produtores a monitorar e gerenciar ativamente a saúde e o bem-estar de seus peixes no dia a dia por meio da criação de sistemas de gerenciamento de saúde de peixes", disse Meritxell Diez-Padrisa, gerente de padrões de saúde e bem-estar de peixes da ASC, em um comunicado da ALI.
A segunda edição desse padrão de referência destaca os critérios e as estratégias que se traduzem em melhorias tangíveis na implementação de práticas humanas para animais aquáticos de criação. Ela se concentra em cinco aspectos fundamentais do bem-estar dos animais aquáticos: qualidade da água, densidade de estocagem, enriquecimento ambiental, composição da ração e atordoamento e abate. Esta edição atualizada baseia-se nos critérios anteriores, avaliando as respostas das certificadoras a preocupações críticas, incluindo a introdução de novas espécies na cadeia de suprimentos da aquicultura e a proibição de práticas prejudiciais.
Além disso, o benchmark aplaude as certificações que abordam questões como a rejeição da criação de cefalópodes, a proibição de insetos para a alimentação de peixes e a proibição da ablação do pedúnculo ocular na criação de camarões.
"Elogiamos as certificadoras por sua participação entusiasmada no processo de avaliação e seu compromisso com a transparência e a responsabilidade", comentou Catalina Lopez, diretora da Aquatic Animal Alliance, uma subsidiária da ALI.
"A maioria das certificadoras avaliadas já inclui ou planeja incluir o enriquecimento em suas intervenções. Essa tendência é encorajadora e pode potencialmente aprimorar a pesquisa de diferentes espécies e tipos de enriquecimento", acrescentou ela.