O acúmulo de detritos nas redes cria um obstáculo notável no setor de aquicultura, afetando a eficácia das operações e o bem-estar dos peixes. Os métodos de limpeza atuais apresentam dificuldades ambientais e relacionadas aos equipamentos, além de representar um risco para a saúde dos peixes. É fundamental desenvolver soluções sustentáveis e aprimoradas para avançar nos esforços de modernização do setor.
Para enfrentar esse desafio, a Remora Robotics, uma empresa de tecnologia de aquicultura sediada em Stavanger, Noruega, desenvolveu um robô de limpeza autônomo que evita a bioincrustação de redes de piscicultura.
A limpeza diária das estruturas de rede, realizada automaticamente pelo robô, tem o potencial de melhorar a saúde, o bem-estar e a qualidade dos peixes, pois a remoção de detritos das redes pode melhorar o fluxo de água, resultando em níveis mais altos de oxigênio dissolvido nos currais.
Além disso, durante a limpeza das estruturas de rede, o Remora também analisa e relata qualquer dano à rede.
Em sua descrição do robô autônomo, a empresa afirma: "[O Remora] escaneia toda a rede e coleta dados essenciais de todas as profundidades do ambiente aquático do cercado. Por exemplo, o Remora pode informar o nível de bioincrustação na rede, juntamente com possíveis furos e desgastes que impedem a fuga dos peixes".
Em um comunicado à imprensa anunciando o investimento, Lars Jørgen Loktu, gerente de investimentos da Grieg Kapital, disse: "A tecnologia da empresa tem o potencial de agilizar a limpeza das redes e melhorar a saúde dos peixes cultivados, o que é crucial para o avanço sustentável do setor de aquicultura".