A candidata a doutorado Jessica Hintzsche da Queensland Alliance for Agriculture and Food Innovation (QAAFI) da Universidade de Queensland está usando um software para modelar virtualmente as ferramentas genéticas disponíveis para a criação de barramundi, em colaboração com a James Cook University e o MainStream Aquaculture Group.
"Estamos criando o gêmeo virtual da fazenda - uma réplica digital em 3D da coisa real para nos permitir executar simulações", disse Hintzsche em um comunicado à imprensa da universidade.
"A vantagem de um gêmeo digital é que podemos testar o impacto de diferentes tecnologias genômicas, de reprodução e de produção, como a seleção de pais e as opções de colheita, antes que elas sejam implementadas na fazenda
"Isso permitiria que os produtores tomassem decisões sobre como levar seus negócios para o próximo nível com populações de peixes saudáveis."
A aquicultura no norte da Austrália está atualmente avaliada em US$ 223 milhões e tem um valor projetado de US$ 1,34 bilhão até 2030.
Hintzsche disse que a aquicultura estava crescendo exponencialmente, mas a integração de tecnologias genéticas em programas de reprodução era lenta, com apenas 10% dos peixes cultivados globalmente descendentes de linhagens geneticamente melhoradas.
"Para atender à demanda e acompanhar o ritmo de outros setores agrícolas, as ferramentas genéticas precisam ser integradas aos programas de reprodução", disse Hintzsche.
Ela acrescentou que há muitos benefícios no uso da IA, inclusive a melhoria da sustentabilidade, e que não há limite para o que pode ser modelado com os dados quantitativos corretos.
"Ninguém ainda tem a capacidade de aplicar essas técnicas na aquicultura e é incrível estar na vanguarda, usando essa tecnologia para ampliar os limites da aquicultura. Realmente, o céu é o limite", concluiu ela.